quinta-feira, 3 de abril de 2008

Anjo negro

No meu corpo mora um anjo
inquieto
perdido
tem asas negras como carvão
de tanto esforço
de tanto se tentar erguer
do meu corpo ele é dono
mas de meus sentidos é refém
sente-se cansado e acorrentado
aos meus sentimentos cortantes
suas penas estão a cair
lentamente
no ar formam esculturas
homens e mulheres que se apertam
meu anjo sonha ser feliz
meu anjo ainda acredita em mim
mas suas penas vão caindo
lentamente
formando no ar esculturas
formas
ilusões
de gente deprimente
homens e mulheres que se apertam
penas que se perdem
e no seu lugar
outras não florescem
ficam buracos fundos
ainda mais negros
de onde correm lágrimas
meu anjo está molhado
meu anjo esta desfeito
meu corpo está arruinado
tudo aqui vai perecer
meu anjo ainda acredita em mim!
homens e mulheres que se apertam
mas meu anjo está ferido
e meu corpo é desalento

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